segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MEDO / FOBIA / ESPECTROFOBIA





Johnny Depp que interpreta o bizarro e destemido pirata Capitão Sparrow, sofre de espectrofobia.
Medo de fantasmas

Espectrofobia está inserida em um dos tipos de fobia (do grego – medo) na linguagem comum, é a aversão ou temores em exagero diante de animais, objetos e até mesmo lugares. 
Analisado no âmbito de clínica, na psicopatologia, todas as fobias fazem parte dos transtornos de ansiedades que têm características especiais de só se manifestarem em situações particulares.
A espectrofobia é o medo de sombras, fantasmas (do grego derivado de mostrar, aparecer). No sentido concreto, original, a imagem não corresponde à realidade, sendo uma ilusão, criação da fantasia aparência imaterial de uma figura podendo ser humana ou não. Ao analisar esta fobia, deve se respeitar a crença porque em cada cultura contem histórias de fantasmas e pessoas que podem aparecer (aparição/termo utilizado a séculos mas sem um sentido específico definido) após a morte.
As aparições são vistas por alguns indivíduos, em momentos diferentes, dependendo da circunstância e a emoção do momento. São raros os casos onde vários indivíduos vêem no mesmo momento. Na maioria das vezes as experiências de aparições ocorrem transitoriamente e atualmente são atribuídas a experiências parapsíquicas.
No momento do sofrimento desta fobia, o indivíduo experimenta uma exagerada ansiedade principalmente quando descobre que o seu medo é de origem irracional. Mesmo assim evitam visitas em lugares que possam servir como estímulos positivos para o desencadear desta visões aparentemente inexplicáveis.
 Alguns cientistas acreditam que as visões de fantasmas / ou vultos, não passam de uma visão psicológica (do grego-psiquê da alma, ciência que estuda o comportamento, ou seja, tudo que o organismo faz e os processos mentais. Experiências subjetivas inferidas no indivíduo através da cognição e comportamento. Psicologia cientifica diferente da psicologia popular que se trata de idéias, crenças e convicções transmitidas através da cultura. Podendo ser feito seu uso em diferentes contextos. A palavra psicologia é utilizada muita das vezes em uma linguagem como sinônimo de psicoterapia, psicanálise ou mesmo de análise comportamental. Sendo que são conceitos diferentes um dos outros) inconsciente podendo acontecer sem que estejam pensando nisso naquele momento podendo ser raro acontecer assim. Geralmente o medo incontrolável surge quando o indivíduo está sozinho, onde fatores desencadeadores aparecem como reforço positivo estimulando o desencadear da fobia. Situações onde o exagero do medo cria inconscientemente os vultos/ ou fantasmas que assustam parecendo reais.
A mente tem sua consciência que abrange qualificações de subjetividades, sentiência (consciência do sentir), autoconsciência e a capacidade de perceber as relações do sujeito e o ambiente. Sendo hoje em dia muito pesquisada pela neuropsicologia e ciência cognitiva.
Para lidar com esse tipo de fobia é necessário buscar tratamento psicoterápico cognitivo comportamental, onde será colocado na exposição progressiva e controlado ao objetivo fóbico.
São utilizadas técnicas de relaxamentos para o controle da ansiedade onde procura diminuir a sensibilidade do indivíduo.
Trabalhando a cognição pode se reestruturar os pensamentos, conseguindo a aquisição de informações sobre onde, quando e como ocorrem as percepções.
Através da psicodinâmica elaboram – se os significados simbólicos e os sintomas desenvolvidos.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SÍNDROME DE DON JUAN

                                                          
                                                              LENDA DE DON JUAN

A lenda de Don Juan foi apresentada pela primeira vez no ano de 1844 por José Zorilla, nesta versão ele está envelhecido.
Tudo começa quando ele e seu amigo Don Luís contando suas vantagens nas seduções, existindo uma grande competição onde desejavam descobrir qual era o mais conquistador.
Don Luis fica incomodado com o excesso das histórias de conquista de Don Juan, e lança-lhe um desafio de conquistar uma donzela de alma pura, uma mulher devota.
Don Juan se propõe a conquistar a noiva de Don Luis, Dona Inês e efetivamente consegue, ao tempo que encontra o verdadeiro amor.
Enfurecidos com o ocorrido, o pai de Dona Inês deseja vingar-se, resultando em uma disputa entre almas de Dona Inês e do seu pai pela alma de Don Juan. Enquanto o pai tenta levá-lo para o inferno, Dona Inês consegue trazê-lo para o céu.
Em lendas populares uma personagem de cigana chama-o de “Don Juan de Cervantes”.
O poeta romântico Lord Byron escreve uma versão que é considerada obra – prima, onde ele é vitimado por uma educação católica repressivo sendo fruto inocente desta visão distorcida, onde acaba morto. Neste poema Don Juan inicia um verdadeiro amor pela bela filha do pirata, que o vende depois como escravo para a esposa de um sultão, com o objetivo de satisfazer seus desejos carnais.
Don Juan menos sedutor e mais vítima dos desejos femininos e de seus infortúnios.
Já José Saramago deu a Don Juan uma versão moderna para o mito, “O Conquistador”, dando seu tom dramático.
Dependendo da fonte alguns acreditam que Don Juan teve início por volta de 1620.
Cada autor cria uma historia diferente para Don Juan, mas todas mostrando o quanto ele seria galanteador, conquistador, mulherengo inveterado, sempre se disfarçando de bom amante e prometendo matrimônio, sendo até mesmo cruel e sempre deixando diversos corações partidos.





SINDROME DE DON JUAN

Podendo ser avaliada como síndrome ou compulsão e até mesmo por sedução, podendo ou não ter o envolvimento sexual.
Geralmente caracterizada por uma necessidade compulsiva de sedução, não havendo envolvimento emocional sendo pouco duradouro e em alguns casos inexistente.
Os indivíduos são excessivamente sedutores e, geralmente têm alvo de pessoas proibidas e difíceis de serem alcançadas.
As vítimas se apaixonam facilmente pelos que sofre desta síndrome, entretanto, o indivíduo com a síndrome logo percebe que o parceiro envolvido no relacionamento não mais tem graça e abandona a conquista. Não se apegam aos seus parceiros, por sentirem uma atração passageira transformando a conquista sem graça, sem encanto desistindo do relacionamento.
Esta síndrome associa-se a uma personalidade fria e insensível com os sentimentos alheios, por ter um interesse momentâneo.
Tendo uma personalidade egoísta, não gostando de tédio, sendo intolerante a estímulos repetidos.
Esta síndrome é muita das vezes confundida com transtorno de personalidade anti-social, mais conhecida como psicopatia.
Esta compulsão tem sua cura pouco provável e tem seu início na adolescência, podendo se manifestar tanto em homens quanto mulheres, mas na maioria dos casos em homens.
Usa-se a expressão “donjuanismo” por conta da lenda de Don Juan, que sendo um jovem conquistador e sedutor, leva muitas mulheres aos seus encantos, sofrendo por amor e abandono.
 Fica mais difícil diagnosticar a síndrome hoje em dia, por existir os termos ficar com, sair com, transformando a expressão “donjuanismo” em desuso.
Mas conserva-se a figura atrelada do eterno sedutor. Não garantindo que essa compulsão à sedução transforme obrigatoriamente em uma pessoa viril ou mais ativa sexualmente.
Segundo Carl Jung os mitos são veículos para a expressão do inconsciente coletivo. Don Juan esse arquétipo da sedução está oculto nos narcisistas inescrupulosos, amados e odiados e que desenvolvem fazendo valer a conquista de uma mulher.
Segundo Foucault, que vê na atitude de Don Juan o desprezo para com o sentimento alheio podendo ser considerado um Sociopata, arrebentando com as grandes regras da civilização ocidental, a lei da aliança e a lei do desejo fiel.
Don Juan não é absolutamente normal, submetido às angústias do cotidiano como qualquer um, sofrendo de limitações, tendo tédio da monotonia da vida cotidiana
Representando assim um protótipo particular de comportamento humano, onde as inclinações que as pessoas tendem a ter são de liberdade sexual explícita, desequilibrando a estrutura cognitiva, social e comportamental do sujeito.