sábado, 28 de maio de 2011

SÍNDROME DO CUIDADOR





Paciente Oculto

Paciente oculto é todo cuidador de pacientes crônicos que sofrem diversas patologias que são instaladas devido ao trabalho que o cuidado despende.
Inúmeros artigos tratam a temática da sobrecarga a que os cuidadores profissionais são submetidos, mas poucos se referem ao cuidador domiciliar que é o denominado “Paciente Oculto”, não existindo no sistema de saúde vigente, até o presente momento uma abordagem específica para o “Paciente oculto”. Há uma ausência de programas de assistências a eles direcionadas.
O “Paciente Oculto” desenvolve o que denomino “Síndrome do Cuidador”. A Síndrome do cuidador consiste no conjunto de sinais e sintomas desencadeados devido ao trabalho de fornecer cuidado a um doente crônico, sendo que tais sintomas são de cunho psíquico.
Quando um membro da família fica debilitado, pessoa portadora de AVC, idoso, portadores de doenças degenerativas  (doença que causa alteração do funcionamento do corpo),  a capacidade de auto-cuidado, de cuidar de si mesmo, de tomar banho, comer e ir ao banheiro ficam comprometidos, essa pessoa passa a necessitar de cuidados externos fornecidos por alguém.
Neste momento é comum que um dos membros familiares se encarregue de dar o suporte necessário ao doente com o objetivo de lhe proporcionar dignidade.
Este processo tem tempo indeterminado, e pode durar meses em caso de uma cura demorada ou ainda nunca ocorrer, como em casos de algumas patologias degenerativas. E, despender tal cuidado faz com que o familiar fique cansado, sendo terreno fértil para desencadear transtornos psíquicos, surgindo assim a “Síndrome do Cuidador”.
No desempenho diário de cuidar de um doente, faz-se necessário elaborar uma nova rotina, uma série de mudanças pessoais que afetam a vida do cuidador diretamente.
No início existe uma dedicação maior onde o cuidador acredita na melhora do doente a qualquer momento, independente de qual seja seu vinculo familiar. Com o passar do tempo surge no cuidador à frustração, pois sua dedicação não mostra melhora no doente, desencadeando então um impacto negativo de seus cuidados prestados dificultando uma adaptação integrada no processo do cuidador com o doente.
O “Paciente Oculto” desenvolve a partir daí a “Síndrome do Cuidador”, dando inicio a diversas variáveis como cansaço físico e mental, aumentando seus problemas sociais (problemas de relações humanas), dificultando o convívio no lar, diminuição na relação sexual, perda de apetite (diminuição do peso ou compulsão alimentar), sonos agitados (privação do sono destrói os mecanismos cerebrais que controlam as respostas emocionais aos fatores de estresse), cefaléia (dores de cabeça com freqüência, dores faciais) irritabilidade (reações as excitações externas), desencadeando estresse (pode ser definido como soma de respostas físicas e mentais causadas por estímulos externos), a ansiedade (de certa forma está interligada com a palavra medo) e depressão (conjunto de alterações comportamentais, emocionais e pensamento, tais como afastamento do convívio social, perda de interesse em atividades do dia a dia), dor precordial e dispnéia (dores no peito com falta de ar), sudorese abundante (transpiração aumentada) e em alguns casos ocorre a síndrome do pânico (enfermidade caracterizada por crises inesperadas de medo e desespero).
Ao detectar um desses sintomas o “Paciente Oculto” (cuidador) deve procurar ajuda médica e psicológica, para que consiga reeducar sua forma de pensar, organizando seu dia, de forma a cuidar do doente e também de si mesmo.



O “Paciente Oculto”, para admitir a necessidade da ajuda de um profissional precisa de coragem para admitir que precise de auxílio. A partir daí será mostrado ao “Paciente Oculto” a melhor forma de lidar emocionalmente e fisicamente com o doente. As diretrizes propostas são normas que orientam como deve ser efetuada a intervenção do profissional de modo a oferecer suporte indicando medidas para diminuição a sobrecarga do “Paciente Oculto” e conseqüentemente propiciando uma melhora em sua qualidade de vida, curando-o da “Síndrome do Cuidador”.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

CATEGORIAS DE PAIS

Pais e mães desejam sempre o melhor para seus filhos, mas ambos vêem de famílias, cultura e educação diferentes.
O casal trás consigo situações emocionais que adquiriram no meio familiar e que influenciam por toda a vida. É através desta forma emocional que acontece a educação dos filhos lembrando que todos são formados de valores negativos e positivos.
Muitos são os estudos realizados das diferentes formas de exercer a paternidade no seio familiar. Uma das conclusões é que existem quatro tipos de pais.


 
Os permissivos – geralmente são os que exercem uma rotina de trabalho exaustiva, acreditando que assim darão uma vida boa e feliz aos filhos. Ficando muito tempo fora de casa e tentando suprir esta falta compensando os filhos com excesso de mimos, não existindo o desejo de fornecer nos momentos necessários o limite. Este comportamento é gerador muita das vezes de um adulto que vive nos extremos, excesso ou falta de auto estima, com dificuldades em lidar com o social não respeitando o outro.
Os pais dessa categoria devem trabalhar a culpa por não estar com os filhos todo o tempo.



Os Autoritários - Vivem uma rigidez emocional interna intensa, tentando transferir aos filhos a mão de ferro que dita as regras e normas da rotina, não respeitando quem é e como é o outro que está sob sua responsabilidade. Os filhos tendem a ser submissos, temendo a poderosa figura que as podam até mesmo em momentos de lazer. Podendo tornar-se adultos agressivos, brigando na escola, trânsito, trabalho e com os que convive no social.
Esses pais devem reeducar – se para que possam dialogar com o s filhos, abrindo também espaço para que eles possam também se expressar.



Os Negligentes – São considerados um problemão, não corrigem comportamentos inadequados. Mesmo quando estão em casa com a família se portam ausentemente, ou seja, fazem de tudo menos interagir com os membros familiares. Enxergam as necessidades materiais dos filhos, mas a falta de afeto existente não vê. Formam assim adultos que não se sentem ser amados, ocorrendo na maioria das vezes o desencadear do distúrbio de ansiedade, depressão, criando dificuldade em estabelecer contato com o outro.
Essa categoria de pais deve criar uma rotina para as crianças e dos adolescentes onde todos participarão mais efetivamente, conversando sobre amigos da escola, o que esperam realmente aprender no decorrer da infância e adolescência. Em suma mostrar-se mais participativos fisicamente e emocionalmente.



Os Participativos – sabem estipular regra e normas explicando-as de forma simples e com sensatez, transmitindo valores, ouvindo os filhos e suas idéias, abrindo espaço para negociação, ensinando atitudes de responsabilidades e respeito, não somente com o outro, mas consigo mesmo. Formam adultos que geralmente teem facilidades de fazer amizades, lidam bem com as diferenças, são afetuosos e verdadeiros em suas opiniões.
Os pais participativos necessitam mostrar aos filhos o quanto gostam deles através de seus comportamentos afetivos e objetivos.
Embora não exista uma cartilha que ensine como educar os filhos, é necessário uma maior participação, atuando com carinho, limite, obedecendo a normas e regras sendo capaz de demonstrar afeto, envolvimento, cumplicidade e comprometimento, para um desenvolvimento equilibrado, satisfatório e quando em fase adulta saberá transmitir aos filhos e ao meio social que vive a serenidade e paz interior que desenvolveu no decorrer da vida infantil e adolescente junto aos pais.