quinta-feira, 18 de março de 2010

Pedofilia


De volta ao SBT, Roberto Cabrini mostra reportagens capazes de mudar a história, de um País e quiçá do mundo...

Seu programa tem como objetivo realizar investigações sem medo, com revelações exclusivas, com arrojo, com coragem para aprofundar nos assuntos e a realidade que todos fogem e tentam esconder.

No programa do dia 11 de março apresentou imagens inquietantes e com um tema muito polêmico. Sua matéria deu inicio a partir de um recebimento de vídeo que nele continha cenas de sexo do padre da cidade de Arapiraca (AL), com os coroinhas da igreja local.

Quando se fala de pedofilia ( também chamada de paedophilia erótica ou pedosexualidade que é a perversão sexual onde o individuo adulto sente atração por jovens, crianças pré-púberes- antes da idade em que a criança entra na puberdade). Palavra que vem do grego (paidophilia – onde pais,”criança” e philia, amizade, afinidade, amor afeição, atração, ou também afinidade patológica podendo ser tendência patológica)

Patologia derivado do grego (pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo) é o estudo das doenças em geral sob aspectos determinados. ...

A puberdade é um período em que ocorrem mudanças biológicas e fisiológicas.

É neste período que o corpo se desenvolve fisicamente e mentalmente.

Quando um sujeito seja ele do sexo masculino ou feminino sentir-se atraído sexualmente por uma menina ou menino pré-púbere é considerado doente porque esta menina ainda não tem o corpo de uma mulher e o menino não tem as características de um homem.

A pedofilia acontece geralmente por pessoas que deveriam zelar cuidar, amar, esses seres ainda pequenos e frágeis que são acometidos com atos que afetarão suas vidas fisicamente e mentalmente.

Na sociedade existem milhares, milhões de casos onde a criança cala de medo, pois a pedofilia é acometida sob coação.

A classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial de Saúde (OMS), item F65. 4 define a pedofilia como “ Preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos ou meninas ou de crianças de um ou outro sexo, geralmente pré-púberes”.

No (DSM-IV) Associação de Psiquiatras Americanos, define uma pessoa como pedófila caso ela cumpra os três quesitos:

1º- Por um período de ao menos seis meses, a pessoa possui intensa atração sexual, fantasias sexuais ou outros comportamentos de caráter sexual por pessoas menores de 12 anos de idade ou que ainda não tenham entrado na puberdade.

2º - A pessoa decide por realizar seus desejos, seu comportamento é afetado por seus desejos, e/ou tais desejos causam estresse ou dificuldades intra e/ou interpessoais.

3º - A pessoa possui mais do que 12 anos de idade e é no mínimo 5 anos mais velha do que a criança. Este critério não se aplica a indivíduos com 12-13 anos de idade ou mais, envolvidos em um relacionamento amoroso (namoro) com um indivíduo entre 17 e 20 anos de idade ou mais. Haja vista que nesta faixa etária sempre aconteceram e geralmente acontecem diversos relacionamentos entre adolescentes e adultos de idades diferentes. Namoro entre adolescentes e adultos não é considerado pedofilia por especialistas no assunto. (Exemplo: O namoro entre uma adolescente de 14 anos e um jovem de 18 anos).

O ato sexual entre pedófilo e criança não precisa estar presente, e que uma pessoa pode ser considerada clinicamente como pedófila apenas pela presença de fantasias ou desejos sexuais, desde que a dada pessoa cumpra todos os três critérios acima.

A pedofilia pode ser causada por ligações imperfeitas no cérebro do pedófilo. Estudos indicam que pedófilos têm significativamente menos matéria branca, que é a responsável por unir diversas partes do cérebro entre si.

Imagens de ressonância magnética funcional (FMRI) têm mostrado que pessoas diagnosticadas com pedofilia que acometeram de abusos sexuais em crianças têm

Ativação reduzida do hipotálamo, em comparação com indivíduos não – pedófilos, ao serem expostos a fotografias eróticas de adultos.

Algumas pesquisas realizadas sugerem também pode haver “uma disfunção no estágio cognitivo do processamento da excitação sexual, existe também em evidência em homens pedófilos um menor número de testosterona.

Não pode ser considerada pedofilia causas como distúrbios da personalidade e abuso de substâncias, que podem acarretar impulsos pedófilos.

Observa – se assim que as implicações teóricas não são tão claras, podendo haver também genes específicos ou fatores nocivos no ambiente pré – natal que predispõe o sujeito a desenvolver distúrbios afetivos e pedófilos até mesmo frustrações e isolamentos causados por desejos sexuais inaceitáveis socialmente.

Existem diversas razões que podem levar ao ato de pedofilia ( stress, problemas de relacionamento conjugal, falta de parceiro entre outros...), a maioria dos abusadores em fato não possuem interesse sexual voltado primeiramente para crianças.

Em alguns casos o pedófilo mantém uma relação estável com as suas vítimas, sendo justificado normalmente pelo atraso mental da vitima, por necessidade financeira, por medo, até mesmo pelo prazer sexual que faz parte do sujeito e ele estando no momento do ato em si com sentimento de culpa e prazer.

O Estatuto da Criança e do adolescente – ECA – foi criado para protege- los, a sociedade reprova os atos que são contrários, muitos são os que realizam discursos longos e severos contra a pedofilia. O número de casos registrados eleva – se a cada dia, onde crianças e adolescente se perdem no meio aos abusos cometidos por esses doentes mentais.

Estatisticamente nem toda pessoa que sofreu abuso sexual na infância torna – se um pedófilo em fase adulta, pode acontecer ao contrário, na maioria dos casos esses sujeitos que sofreram o abuso sexual na infância o u adolescência crescem com muitas dificuldades em manter relações sexuais e até mesmo confiar nas pessoas de forma geral. Tornam – se muita das vezes pessoas inseguras, muito ansiosas, com grande angústia, podendo ser depressivas, fugindo do convívio social, com receio de estar com pessoas do sexo oposto, buscando apoio em sempre estar sozinho.

A detenção dos pedófilos sem apoio psicológico pode acontecer de forma que traga ao doente mais insanidade.

Como terapia de controle pode fazer uso das medicinais alopatas (medicina tradicional, que consiste em fazer uso de medicamentos que vão produzir no organismo do doente reação oposta aos sintomas neutralizando a doença), medicamentos esses que controlam o desejo sexual, sendo considerada uma castração química por alguns, mas que mostra uns excelentes resultados.

Esses tratamentos são geralmente impostos por decisão judicial, podendo também ser utilizado voluntariamente pelas pessoas que desejam diminuir a sua libido, evitando assim os abusos sexuais antes que os mesmos aconteçam, devendo conversar com seu médico para saber as reações adversas que podem acontecer.

Existe também a técnica de “sistema de doze passos” que também é utilizado na terapia de vícios, embora alguns o considerem menos eficaz.

Na terapia cognitivo-comportamental pode usar a técnica de associar o “comportamento pedófilo” com diversos atos indesejáveis, chamado de “fantasia sexual desviante”, onde o paciente reeduca seus pensamentos associando o ato sexual com criança ao comportamento da dor e tristeza.

Podendo também ser usado as técnicas de relaxamento e hipnoterapia onde o paciente irá reestruturar seus pensamentos e sentimentos.

Como terapia preventiva pode usar palestras, planejamento familiar, vida sexual do ser humano entre outras, levando ao sujeito o conhecimento de diversas formas de se viver a vida sexual com prazer e satisfação, gerando uma real alegria de viver.





Vamos proteger nossas crianças e adolescente.

Disque Direitos Humanos (0800 031 11 19)

domingo, 7 de março de 2010

Incesto / Materno

Depois de alguns anos de atendimento clínico, venho observando que meus pacientes ou responsáveis, chegam com relato de transtorno psicológico, podendo ser caracterizado como Distúrbio de Conduta que são os transtornos caracterizados por padrões persistentes de conduta dissocial, agressiva ou desafiante.

Podendo esse comportamento ocasionar grandes violações das expectativas sociais própria à idade da criança, onde ocorre mais que travessuras infantis ou as rebeldias dos adolescentes, se tratando de um padrão duradouro de comportamento. Um período de mais de seis meses.

Alguns chegam em pânico, (ansiedade paroxística- em crises, em acessos, no seu momento de maior intensidade. A característica essencial deste transtorno são os ataques recorrentes de uma ansiedade grave que não ocorrem exclusivamente numa situação ou em circunstância determinadas, mas são imprevisíveis).

A criança/adolescente vem trazendo consigo uma angústia, transformando essa angústia em transtorno de ansiedade (com ocorrência brutal de palpitação e dores torácicas, sensações de asfixia, tonturas e sentimentos de irrealidade e despersonalização - que é entendida como uma desordem dissociativa, caracterizada por experiências de sentimentos de irrealidades, onde ocorre a ruptura com a personalidade).

Existe, além disso, um medo secundário de morrer, de perder o controle e de ficar louco e ao mesmo tempo para fugir desta realidade que o assombra, existe o desejo de morte.

Aonde pensa em suicídio, mas o desejo de morte é o de acabar com essa angústia que o leva ao pânico.

Iniciando a psicoterapia- que é a intervenção psicológica, ou seja, influenciar de maneira transitória ou definitiva o comportamento humano através do uso de meios psicológicos, trazendo novas formas de cognições (como recebe as informações), trazendo novas formas de comportamento e de experimentar o mundo.

Após algumas sessões acontece o relato de incesto (relação sexual ou marital entre parentes próximos ou alguma forma de restrição sexual de determinada sociedade).

O incesto é considerado universalmente um tabu (qualquer assunto o comportamento inaceitável ou proibido em uma determinada sociedade), sendo em algumas sociedades punido como crime, em outras como pecado (termo principalmente usado dentro de um contexto religioso, descrevendo qualquer desobediência à vontade de Deus), existindo um grande constrangimento acerca de como falar para a família, por ser na maior parte dos países legalmente proibido, mesmo havendo o consentimento de ambas as partes.

São poucas as palavras que provocam tanta reação de pavor, temor em nossa sociedade quanto o incesto. Esse termo leva o sujeito ao imaginário de um universo de segredos, fatos que evitam até mesmo sussurrar aos ouvidos de alguém. Evocando também significados ocultos, onde deve – se envergonhar e, portanto, deve – se esconder.

A palavra deriva do latim incestum, que significa estritamente sacrilégio, seu adjetivo quer dizer impuro e sujo.

Estatisticamente acontece o incesto em até 10% das famílias, onde os adultos são conhecidos e até mesmo podendo ser, por exemplo, o pai, padrasto ou irmão mais velho são os que realizam a agressão sexual com mais freqüência e também são os mais desafiadores.

Embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes.

É grande também o número de mães que realizam o abuso sexual com seus filhos, geralmente do sexo masculino, acreditando que estão sendo protetoras.

Em meu ver está exercendo de maneira doentia o poder da maternidade com o conflito sexual dela.

Faz uso desse comportamento que é um conjunto de ações que pode ser observado objetivamente, mesmo sendo casos que começam lentamente onde a sedução acontece com muita sutileza passando para a prática do carinho que muita das vezes não acontece lesões físicas.

A criança se pergunta internamente se são atitudes ruins (o incesto), porque está sendo realizada por aquela que quando bebê era parte dele e hoje ele enquanto filho precisa confiar nela,porque ela, a mãe que tem como função cuidar, proteger e amar sua cria, faz uso de seu poder para realizar atos doentios.

No início a criança pode até gostar dos carinhos, mas com o passar dos tempos, ela vai descobrindo que aquilo não deveria estar acontecendo.

O questionamento existe na criança e no adolescente de forma agressiva, conturbadora, pois esses carinhos que deveriam existir sem os desejos sexuais, acontecem de forma drástica na emoção da criança, adolescente.

Esses casos começam lentamente através de sedução sutil, passando a prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas.

É nesse ponto que a criança/ adolescente se pergunta o porquê destas atitudes tão desagradáveis.

Segundo Freud, a família e, em especial, a relação mãe - filho tem como referência explicativa para o desenvolvimento emocional da criança/adolescente.

A descoberta de que os anos iniciais de vida são cruciais para o desenvolvimento emocional posterior focalizou a família como produtora de pessoas saudáveis, emocionalmente estáveis, felizes e equilibradas, sendo também a família o núcleo gerador de insegurança, desequilíbrio e toda a sorte de desvios de comportamento.

A criança/adolescente, guardando e vivenciando o incesto, tendem a com o tempo dar início à angústia, que os levará ao pânico.

O causador do incesto, neste caso a mãe, sente medo do filho contar para alguém o seu comportamento incestuoso e assim passa a dominá-lo, controlar todos os seus atos e convívio com o social.

Em alguns casos antes do pânico, acontece a depressão ou episódios depressivos (nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave. A criança/adolescente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Podendo existir alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga, mesmo diante de um esforço mínimo. Acarreta também problemas no sono e diminuição de apetite.

Existindo uma diminuição de auto-estima e da autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e o indignidade, mesmo nas formas leves.

Tendo uma variação de humor, dependendo das circunstâncias, acompanhado de sintomas ditos somáticos.

Essa criança/adolescente, não conseguirá viver isolado, pois todo indivíduo necessita viver geograficamente próximos.

Realizarão mais cedo ou mais tarde o intercâmbio de emoções e de outros valores sociais, produzindo, assim, estruturas horizontais através de diferenciações coletivas e de interdependência.

Essa mãe que deveria formar uma criança/adolescente equilibrado através de seu transtorno forma um sujeito doente, que não conseguirá permanecer isolado do outro, nem de nenhum grupo.

Inicia – se ai o processo de diversificadas síndromes, como forma de pedir socorro, que alguém o auxilie a libertar desta culpa dos atos que vem realizando junto da mãe, mas sem que prejudique a mesma.

Busca viver em paz interior, com satisfação e equilíbrio.

A partir daí existe a necessidade de que ambos passem por psicoterapia, para reeducarem seus pensamentos e atos e através da mudança de comportamento se libertarão do viver em cumplicidade e agonia sexual.

A mãe-filho irão se entregar a mudança de comportamento com propósitos, com razões e agirão tendo fins em vista.

A partir da escolha de mudança de comportamento, passam a visar um bem maior, onde certamente viver honradamente é uma coisa boa.

Elaborando uma nova forma de pensar, trazendo leveza para a essência da criança/adolescente onde o bem final, em contraste, é algo genuinamente de cada um e de difícil de ser tirado de cada um.

A criança/adolescente deseja o bem final como sendo o prazer em viver.

Afinal viver prazerosamente é uma escolha de cada um e o ser humano é racional e age em busca de uma vida melhor desejando ser feliz e tendo uma vida completa e sem nada lhe faltar.