quarta-feira, 9 de julho de 2014

O HEXA e o luto


Países reúnem para disputa de uma taça.
O Brasil como sede dos jogos desempenha seu papel com autonomia e precisão, recebendo divinamente todos que aqui vieram lutar e comemorar a busca desta taça.
Taça que representa o poder de saber jogar, de saber desempenhar bem o papel em grupo, de saber ser técnico e um bom dirigente.
O governo que receber a taça terá uma fama mundial de ser o mais poderoso no esporte do futebol.
O Brasil na esperança de alcançar o seu HEXA segue lutando, acreditando que se emocionar no Hino Nacional é o suficiente para dizer ser patriota e assim demonstra ao povo brasileiro a certeza de conseguir a taça.
O que não se esperava era a fratura de Neymar. 


Jogada inesperada, por não se acreditar que esse jogador em questão não seria perseguido. Nem mesmo ele acreditava existir tanto ódio e inveja em um só Ser. A maldade existiu, e foi concretizada, veio para o concreto fraturando uma vértebra aos olhos do mundo.
Com as dores físicas de Neymar, os que o rodeavam perderam totalmente o norte.
Mesmo contra sua vontade, foi para casa, deixando seus companheiros de batalha futebolística com o sentimento do luto.
Em tudo o que foi mostrado no decorrer da copa das copas, Neymar emocionalmente e inconscientemente desenvolveu a postura paterna, ser a lei, o provedor, o que ama acima de tudo todos os membros da família e através e com esse amor conduz a todos, como uma família.
Ao ferir-se e deixar de jogar, desencadeou na mente dos companheiros o sentimento de morte. A perda do pai.
A perda emocional foi tão concretizada na mente dos jogadores que a reforçaram no momento em que fizeram uso da camisa de Neymar para cantar o hino. Postura e sentimento de perda, de morte, de estar só, sem saber para onde ir e o que fazer, a camisa representava naquele momento uma homenagem que conscientemente acreditava ser ao companheiro que estava em casa, mas inconscientemente era o final do velório emocional. Naquele momento todos entraram mentalmente no processo do luto.
Luto que tem suas fases e que se divide em cinco estágios o comportamento humano. Sendo elas:
1ª - Este é o momento da negação, que aconteceu quando ficavam sabendo do acidente e da fratura da vértebra;
2ª - Esta é forte, é a raiva fase em que se desconfia de tudo e de todos, os envolvidos sentem-se impotentes e revoltados, que foi o que aconteceu no dia em seguida com relação, a saber, o que fazer;
3ª – É a de negociação, barganha, com base nas crenças e valores faz se as promessas, que foi o que aconteceu quando diziam jogar pelo companheiro combalido;
4ª – Depressão, a angústia está instalada, a introspecção aumenta, ai vem o choro, foi quando aconteceu o primeiro gol;
5ª – É o estágio de aceitação, a quietude e isolamento acontecem de forma clara, perde-se a vontade de lutar, a partir do primeiro gol ocorreu a quinta fase. Chega o momento de se ter descanso.
Assim aconteceu a perda do Brasil ao seu HEXA, a partir de uma fratura maldosa, danificou-se, desestruturou-se toda a equipe e porque não dizer todo um País.
Agora entrasse no processo da perda que não significa perder as esperanças, mas sim de não se angustia de forma intensa. Pensar no que foi feito é importante e através desta reflexão conseguir resgatar para si a sensação reconfortante de missão cumprida.
É de grande importância que Neymar esteja presente na luta pelo terceiro lugar.
E todos Rumo ao 3º Lugar, melhor ele que nada.





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