domingo, 3 de julho de 2011

FOBIA / MEDO




"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)



A palavra fobia é um termo tão citado e nem sempre bem interpretado. Derivada de Phobos, termo usado para designar a deusa grega do medo.
A fobia é um aumento da ansiedade que culmina na limitação das ações do indivíduo que deveriam ser executadas normalmente e que acabam conturbando os pensamentos e atitudes causando mal estar, dificultando o viver.
Os medos fóbicos são os que deslocam o conteúdo inconsciente para o medo consciente. Sabe-se que através de um simples pensamento a fobia pode surgir com diversos sintomas que podem se apresentar como forte palpitação, taquicardia e arritmias cardíacas, que são percepções dos batimentos cardíacos, normalmente acompanhados de desconforto e sensações de que tudo está irregular, não só na percepção do coração, mas em todo o corpo.
O medo se transforma em um sentimento irracional até mesmo incontrolável.



São diversas as características clínicas da fobia. Como já dissemos as crises de ansiedade extrema, que ocorrem quando o indivíduo está exposto a objeto ou situações indesejáveis, é uma das formas de percepção da fobia. Pode cursar ainda com eritrodermia que consiste no rubor intenso da face acompanhado ou não de prurido e descamações. Pode também trazer uma impressão de desmaio, medo de morrer, matar alguém, um grande descontrole com o sentimento do enlouquecer, situação tão intensa que se generaliza transformando-se em pânico e até em depressão.
A fobia não tratada pode levar o indivíduo à dependência do álcool e drogas.
Uma das formas de detectar a fobia é observar se o medo persiste perante um animal, objeto ou situação. Deve-se observar se a ansiedade aumenta quando mesmo evitando as situações nas quais aparece o temor o sujeito se sente impedindo de seguir normalmente as atividades corriqueiras.
Temer é uma reação natural do cérebro para que o indivíduo possa se proteger de situações de risco que ocorrem na vida quando diante de um perigo real.
Se o medo acontece ao se realizar alguma atividade que não envolve risco notório e que o individuo já a tenha realizado em outros momentos pode-se estar presenciando um quadro fóbico.
Pode-se usar a técnica de imaginar uma situação onde se reviva o desconforto de modo a buscar mais dados acerca do quadro fóbico ajudando o sujeito a vencê-lo. Em tais circunstâncias devem ser observadas as sensações vivenciadas.
Se após o exercício houver incomodo, e desconforto emocional dificultando a realização das atividades diárias, há indicação de procurar ajuda profissional para auxiliar na resolução das dificuldades por intermédio de mecanismos mais efetivos e com resultados mais duradouros respeitando outros aspectos que possam estar envolvidos.
O ideal é lidar com a fobia tendo um auxílio da terapia cognitivo comportamental. Durante a terapia, interpreta-se a situação fóbica analisando o ambiente, pensamentos, alterações de humor, reações físicas e comportamentais.

“O que perturba o ser humano não são os fatos, mas sim a interpretação que ele faz dos fatos.” Epitetus-Sec.I

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