quarta-feira, 15 de junho de 2011

A HUMANIDADE VIVE EM NORMOSE


Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é o único.
Nunca podemos julgar a vida dos outros, porque cada um sabe da sua própria dor e renúncia...
                                          (Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei)





Diante do estar vivo, o tempo corre seu fluxo natural e o ser humano com seus desejos em viver com harmonia e realizações. Dá-se inicio a uma fase doentia apática surgindo o que se nomeia de normose, termo criado por Jean Yves Leloup (pensador Frances, de grande importância no mundo contemporâneo).
Observando a história do mundo percebe-se que de tempos em tempos a humanidade vivencia pestes diversas. A atual é a apatia que acontece não só relacionada aos fatos do mundo mas também nos lares. Fatos que precisam ser questionados elaborados e mudados. Como lidar com as mudanças conduzidas pelo mundo.
O comportamento moderno intensamente hostil e destrutivo, incutido sutilmente nas atitudes cotidianas do ser humano de forma intensa através do que a mídia diz que se deve usar, fazer e ser.
A normose está presente em diversos lares, reforçando um dito popular (tapar o Sol com a peneira), fugir do real, do concreto, através dos comportamentos nocivos, levando o indivíduo a agir de forma ilusória onde acredita serem normais as atitudes e comportamentos que desempenham no cotidiano.
Assistir conflitos existentes nos familiares próximos sem nada fazer, podendo até existir uma reivindicação interna de mudança, mas mantém-se somente a repetição do mesmo discurso, ao invés de curar o mal buscando mudança.
Ver quais são as reais necessidades passivas de mudanças, que transformará a vida não só do indivíduo com conflito, mas de toda a família.
É preciso coragem para sair do comodismo generalizado que acaba inibindo o desejo do bom senso, esperando sempre que o outro melhore sem nada se fazer para que isso ocorra. A normose está ai avassalando tudo e todos. A mídia tem uma grande influencia desenvolvendo maus hábitos e até mesmo em alguns momentos corrompendo através de valores sociais não reais. O mundo fica sendo somente superficialidades transformando os indivíduos em seres sem referência social.
Surge a partir daí um vazio intenso, onde a vida é levada sem sentido, crescendo cada vez mais o consumismo que jamais irá suprir o vazio criado, levando a desencadear a auto-depriciação e o querer o que não precisa.
A normose está na cultura, na sexualidade, na escolha da profissão, nos relacionamentos. Para se libertar da normose o indivíduo precisa ser ele mesmo. Original, sem buscar para si as ilusões e desejos que o mundo lhe oferece. Precisa buscar resoluções para resgatar a liberdade real do Ser, sem promiscuidade, sem medo, com paz e sentido de realização. Sair da inércia, buscando valores sólidos e conscientes, mesmo com dificuldades, destacando sua sabedoria interior, sua ética, sua moral, mudando esse comportamento de normose que serve somente para tirar-lhe a liberdade de Ser Livre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário